Bastidores do desfile das milharinas - Editora Peirópolis

Bastidores do desfile das milharinas

Há tempos os meninos e as meninas que moram em sítios, chácaras ou fazendas, ou seja, na
zona rural, fazem das espigas de milho bonecas. Existe uma época certa para “colher” as filhinhas, conforme contam as crianças.

E essa é a brincadeira das irmãs Luziana e Letícia, que têm um milharal no quintal. É que 
o pai delas é agricultor, está sempre às voltas com plantios e colheitas. Curiosas, as filhas se mantêm por perto, inventando com que se distrair. Assim, até as peças perdidas, quebradas ou sem uso do maquinário viram apetrechos para brincar de casinha, por exemplo. Por sua vez, as espigas de milho lembram mocinhas. São mais
ou menos cabeludas, loiras ou ruivas, gordas ou magras – a depender da imaginação de quem vê. Com caneta, fazem o rosto no milho, que, de tão elegante, vira modelo de sabugo a desfilar numa passarela improvisada com tábuas velhas. “São as milharinas”, brinca Luziana. Ou “as milharetes”, completa a irmã caçula.

Quando terminam a brincadeira, elas guardam as mocinhas de milho, que, claro, não duram muito tempo. Depois de alguns dias, milharinas
e milharetes viram petisco dos patos famintos que andam pelo quintal!

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