Formação de educadores: Histórias em quadrinhos na formação de leitores - Editora Peirópolis

Formação de educadores: Histórias em quadrinhos na formação de leitores

Um dos compromissos mais importantes e sensíveis de uma escola ou secretaria municipal de Educação é oportunizar a contínua formação de seus educadores. Para contribuir nessa missão, a Editora Peirópolis está disponibilizando atividades de formação com seus autores, de modo a promover a participação criativa e reflexiva das professoras e dos professores.

Objetivo: Capacitar os profissionais a olhar para as histórias em quadrinhos como formadoras de leitores e capacitá-los a escolher e recomendar os títulos de quadrinhos adequados a cada segmento de público leitor.

Ementa: A validade dos quadrinhos como linguagem rica e autônoma já está comprovada em diversos estudos e sua aplicação como ferramenta didática está disseminada de forma intensiva. No entanto, embora as publicações estejam disponíveis nas bibliotecas das escolas públicas, é preciso que o professor se familiarize com as peculiaridades dessa linguagem bem como com os diferentes tipos de publicação. Para isso é preciso sensibilizar o profissional de ensino quanto à leitura dos quadrinhos, afinal, é ele o responsável pela mediação entre conteúdo e o receptor, ou seja, o acervo oferecido e o público leitor. 

A presente oficina foi elaborada para auxiliar os professores a conhecer a diversidade de títulos para prestar uma orientação mais efetiva aos alunos, de acordo com a idade e temas de interesse.

A oficina também visa a ampliar a compreensão da relação literatura x quadrinhos de modo a esclarecer as diferenças entre as duas linguagens e as vantagens de uma e de outra.

 

  1. As diferentes publicações em quadrinhos

– Divisão da produção por formato (revista, álbum, graphic novel). Diferenças entre os formatos e o que isso influencia no conteúdo. Exemplos e exceções.

– Divisão por tema ou gênero (aventura, humor, terror, mangá etc.). Definição dos principais gêneros e suas características.

– Divisão por faixa etária (infantil, juvenil e adulto). Analogia com a classificação usada pela indústria cinematográfica para estabelecer faixas de idade segundo as quais uma obra pode ser recomendada ou sugerida.

Parte prática:

Divisão de títulos para efeito de recomendação para leitores de diferentes faixas etárias

 

2. Indicação de obras conforme o público

– Escolha dos títulos mais importantes. Como toda forma de comunicação, os quadrinhos também têm suas obras fundamentais, títulos que, por algum motivo, mereceram algum destaque. A partir do acervo disponível, serão eleitos os mais significativos, a partir de listas de estudiosos e de resenhas críticas.  

– A importância de conhecer as obras. Para poder recomendar com propriedade é necessário conhecer o conteúdo de uma publicação em quadrinhos. Mesmo que não se exija a leitura completa, é indispensável que o profissional tenha noção do enredo e da qualidade da trama.

– Quadrinhos no apoio ao aprendizado. Estudos demonstram que os quadrinhos podem servir como leitura complementar ou mesmo como ferramenta de ensino para disciplinas como Língua Portuguesa, Geografia, História etc. O profissional da biblioteca pode recomendar títulos que se prestem a essa função, dentro do acervo local.

Parte prática:

Exercício de associação de títulos com temas de estudo.

 

3. O diálogo entre literatura e quadrinhos

– Breve histórico das adaptações.

– O caso americano: a coleção Classics Illustrated. A mais bem sucedida experiência de adaptação dos clássicos literários para os quadrinhos é, até hoje uma referência e é importante conhecer sua história.

– O caso brasileiro: a Edição Maravilhosa. De início, os volumes eram apenas traduções de títulos da Classics Illustrated, mas passou a incorporar obras nacionais, feitas por artistas locais.

Parte prática:

Análise de diferentes tipos de adaptação. Comparação entre versões mais fieis ao texto original e outras com mais liberdade criativa.

 

4.  As adaptações de clássicos da literatura

– O que é um clássico. Definição de uma obra clássica segundo os padrões literários. O que faz de uma obra um clássico.

– Os cânones literários ocidentais. Listas de clássicos elaboradas por estudiosos. Ex: Harold Bloom.

Parte prática:

Comparação de diferentes versões de uma mesma obra. A intenção é demonstrar como um mesmo texto escrito pode ter várias versões de acordo com o estilo do adaptador.

Nobu Chinen (Nobuyoshi Chinen) é bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Taubaté, tem especialização em Prática Docente para Ensino Superior, pelas Faculdades Oswaldo Cruz e doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola dd Comunicações e Artes da Uiversidade de São Paulo – ECA /SP (2013). Criador e redator da seção VuptVaptPum, página semanal sobre HQs, publicada entre 1987-1989, no jornal Valeparaibano, de São José dos Campos. Organizador da Primeira Expo Quadrinhos do Vale, em 1986. Ex-editor do fanzine Clube do Mangá, da Abrademi. Escritor, com conto premiado e incluído na Primeira Antologia de Contos do Vale do Paraíba. Autor do livro Os Rios e as Cidades, em comemoração à inauguração do Edifício BankBoston. Foi colaborador do site Universo HQ. Autor e coautor de diversos livros sobre Comunicação, entre os quais Linguagem HQ Conceitos Básicos (2011). Professor dos cursos de Comunicação das Faculdades Oswaldo Cruz e da ECA/USP.

Laudo Ferreira começou a publicar seus primeiros quadrinhos no início dos anos 80. Ganhou o Troféu HQ Mix pelo álbum À meia-noite levarei sua alma (1997) e pela minissérie Depois da meia-noite (2008, em parceria com o arte-finalista Omar Viñole) e o Troféu Ângelo Agostini de melhor desenhista (2008 e 2009) e de melhor roteirista (2010). Histórias do Clube da Esquina, a série da personagem Tianinha e a trilogia de álbuns Yeshuah são alguns de seus trabalhos mais conhecidos. Além da produção autoral, Laudo atua também como ilustrador para o mercado publicitário, editorial e de eventos e mantém o seu estúdio Banda Desenhada em parceria com o colorista e arte-finalista Omar Viñole, responsável pela colorização e finalização do Auto da barca do inferno publicado pela Editora Peirópolis.

 

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