Impressão de leitura: Quiçá e Oxalá - Editora Peirópolis

Impressão de leitura: Quiçá e Oxalá

Opinião – Era Outra Vez: Conheça 10 livros para ler com as crianças no feriado de Páscoa

Estas histórias irmãs estão entre as mais interessantes publicadas nos últimos tempos. Sem medo de ousar, os dois livros fazem mais perguntas do que entregam respostas, enchem as cabeças de caraminholas, fogem das narrativas certinhas e do didatismo raso e barato. Em ambos, conhecemos personagens indefinidas, apresentadas como manchas coloridas e mutáveis. “Oxalá” arranca a conversa com uma certeza: “Tô te falando: tem jeito”, diz a figurinha verde. Já “Quiçá” dá o pontapé com uma dúvida espantada: “Eita! O que é isso?”, pergunta o borrão. A partir daí, cada título desenvolve uma conversa própria, que mistura imagem e texto e joga o protagonismo para uma pessoa muito importante: o leitor.

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Bruno Molinero, Blog era outra vez, 29 de março de 2024

 

Livros infantis: lançamentos de janeiro de 2024

Os dois livros podem ser adquiridos separados, mas estão muito unidos. A gente estranha as capas: não tem nome do autor e nem logo da editora, duas manchas coloridas em cada um deles. Em um lemos “Quiçá” e, em outro, “Oxalá”. Abrimos e as manchas se tornam personagens. E conversam. Assuntos complexos, nos parece. Mas será que são mesmo? É filosofia ou poema? É um devaneio ou um jogo entre significados, cores e reflexões sobre a vida? Suspenda as respostas e experimente!

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Cristiane Rogerio, Revista Crescer, 9 de fevereiro de 2024

 

Conheça Quiçá:

Se a vida fosse um advérbio, ela seria quiçá. Cheia de possíveis, plena de incertezas. Planos, sonhos, amanhãs inventados. Quem sabe o que será? Amanhã ou na próxima página?  Nesse livro ilustrado, que é um espanto, mas também um convite para a imaginação, o leitor caminha, junto com as personagens, entre a incerteza e a ilusão do controle, a possibilidade de se lançar e o recuo, a vontade de se agarrar ao conhecido e o convite ao completamente novo. Abrir ou fechar? As Personagens são, elas mesmas, enigmas.  São pessoas, são formas? Podem ser bichos? Dois seres-formas que dialogam, se encontram e se afastam, e se provocam, nos provocando também: o que há logo ali, nesse imenso quiçá?

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Conheça Oxalá:

Nas páginas desse livro ilustrado, duas personagens conversam sobre algo que não se sabe bem o que é. Tá dentro? Tá fora? Tem cheiro? É quentinho?  Precisa alimentar? Como faz para não perder? Todo mundo tem?  Elas mesmas, as personagens, são como enigmas: não se sabe bem se são gente, formas, cores, eu ou você. Pouco importa, tudo cabe e, sim, todo mundo tem ou pode ter. Oxalá é palavra generosa. Interjeição esperançosa, mas não ingênua: carrega o sonho e o talvez. Companheira da exclamação e das reticências…

É abrir o livro e… Oxalá você se encontre nele também!

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Conheça as autoras:

Eu me chamo Tatiana Filinto e nasci no século passado, em 1973 na cidade de São Paulo. Adoro dizer: século passado. Gosto muito dessa ponte entre tempos e mundos. Já contava, lia e inventava muitas histórias para crianças desde o começo dos anos 90 quando, caminhando numa praia bem longe daqui, longe mesmo até do Brasil, tropecei na narrativa inteirinha do meu primeiro livro-álbum. Estava ali, em forma de ilha, o segredo que eu queria partilhar. O segundo livro veio picado: ouvindo uma autora falar de seu romance, comecei juntar anotações em pedaços de sulfite, envelopes, páginas e páginas de caderninhos dentro da bolsa. A cena de infância da escritora acabou nutrindo a pesquisa da história que gostaria de contar. Do terceiro livro, lembro que o título saltou bem na minha frente durante uma sessão de análise (sou psicanalista também) e dali pro texto, foram inúmeras escritas e reescritas até o menino personagem desencontrar seu rumo. Para mim, as histórias estão por aí o tempo todo, e eu continuo escutando e escrevendo textos retirados do que percebo do mundo, interessada no que faz festa, o que neblina, no barulho que faz dentro de cada um.

Flávia Bomfim é também artista visual e ilustradora. Organiza, em Salvador, desde 2013, o Festival de Ilustração e Literatura Expandido (FILEXPANDIDO) e a Feira Ladeira de Arte Gráfica e Publicação Independente, promovendo instâncias de cocriação e investigação sobre literatura ilustrada e cultura visual. Organizou exposições nacionais e internacionais de ilustração. Criou capas de livros para diversas editoras brasileiras, ilustrou para o Le Monde Diplomatique e Folha de S.Paulo, além de revistas internacionais. Tem interesse especial pelo livro ilustrado, acontecimento gráfico que investiga, projeta, ilustra e escreve. Fundou a editora Movimento Contínuo e atualmente colabora no projeto FLAMA de criação coletiva. Em 2021, recebeu o prêmio Green Island pelo Nami Concours (Coréia) com ilustrações para o livro O adeus do marujo (Pallas 2022), que foi eleito pela Revista QuatroCincoUm o melhor infantojuvenil de 2022, e que, em 2023, recebeu Menção Especial pela Bologna Children’s Book Fair.

 

 

 

 

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